Livros da minha vida #3
07:52
A Casa da Floresta
Género: Fantástico, Histórico
Autor: Marion Zimmer Bradley
Depois de ler As Brumas de Avalon, apaixonei-me de tal modo pela escrita de Bradley que decidi aventurar-me por mais obras da autora. Na altura, não sabia que havia mais obras relacionadas com o mito arturiano, e nomeadamente Avalon - e foi através da Casa da Floresta que descobri que, ao todo, são, excluindo os quatro da saga das Brumas, seis livros.
A Casa da Floresta, cronologicamente, insere-se bem antes da saga das Brumas. Passado no século I d.C., esta é, nada mais nada menos, do que uma história de amor.
Ela conta-nos a história de Eilan, a neta do druida Bendeigid e destinada a tornar-se a alta Sacerdotisa da Casa da Floresta, e o seu amor Gaiu, filho de um proconsul romano. Esta não é, no entanto, uma história de amor desenfreada e de pontas soltas. É coesa e é bela, como uma balada mais antiga que o próprio Romeu e Julieta.
A história passa-se depois do massacre da Ilha de Mona, sagrada ilha do antigo santuário da Deusa, onde, após a derrota a Boudicca, os homens são mortos e as sacerdotisas violadas. O estigma da barbaridade romana prevalece ainda quando Gaius cai numa armadilha de ursos e é cuidado por Eilan e a sua família, assumindo o seu nome celta, das origens da sua mãe - Gaius tem sangue real das tribos celtas - Gawen.
Enquanto este faz juras de amor a Eilan, a rapariga é chamada pela Deusa a servir a Casa da Floresta, onde depois da morte Lhiannon, a grã-sacerdotisa, ela é ordenada. Mas antes, concebe um filho de Gaius nas fogueiras de Beltane.
O seu filho carrega consigo o sangue dos Sábios (os Druidas), do Dragão (a realeza das tribos Celtas) e da Águia (romano) e Eilan sabe que terá um papel importante no futuro da Bretanha. No entanto, ela pressente igualmente um final trágico, causado pelo seu avô Bendeigid, Arquidruida da Bretanha. Caillean, que lhe ensinou os caminhos da Deusa e se torna a sua mais fiel amiga, sob a ordem de Eilan, agarra numa quantidade de sacerdotisas e funda uma nova Casa na Ilha de Avalon, levando consigo o seu filho. Numa instância final, Eilan e Gaius são sacrificados para protegerem o seu filho.
A história é apaixonante e parece ter um efeito estranho sobre quem a lê. O máximo que posso explicitar sobre este livro refere-se a uma experiência pessoal: emprestei-o a uma amiga aconselhando-a a lê-lo, ao que no dia seguinte ela me diz que o seu pai encontrou o livro e decidiu começar a lê-lo. O mais incrível é que esta pessoa, que voluntariamente decidiu começar a ler o livro - e mais tarde me diria que amou a obra - é das pessoas mais frias e distantes que conheço. Então, eu pergunto: qual será, afinal, o poder da escrita de Bradley para demover até os mais frios?
É, sem sombra de dúvida, a história mais apaixonante que até hoje li, e de todas as obras de Bradley relativamente a Avalon, a que mais me fascinou. Todo o ritmo deste amor é contado de uma forma que se assemelha a uma balada, uma canção de embalar. A beleza interior de cada personagem é de louvar, e julgo que seja impossível ficarmos indiferentes a tamanha história humana e bela como esta.
A Casa da Floresta, cronologicamente, insere-se bem antes da saga das Brumas. Passado no século I d.C., esta é, nada mais nada menos, do que uma história de amor.
Ela conta-nos a história de Eilan, a neta do druida Bendeigid e destinada a tornar-se a alta Sacerdotisa da Casa da Floresta, e o seu amor Gaiu, filho de um proconsul romano. Esta não é, no entanto, uma história de amor desenfreada e de pontas soltas. É coesa e é bela, como uma balada mais antiga que o próprio Romeu e Julieta.
A história passa-se depois do massacre da Ilha de Mona, sagrada ilha do antigo santuário da Deusa, onde, após a derrota a Boudicca, os homens são mortos e as sacerdotisas violadas. O estigma da barbaridade romana prevalece ainda quando Gaius cai numa armadilha de ursos e é cuidado por Eilan e a sua família, assumindo o seu nome celta, das origens da sua mãe - Gaius tem sangue real das tribos celtas - Gawen.
Enquanto este faz juras de amor a Eilan, a rapariga é chamada pela Deusa a servir a Casa da Floresta, onde depois da morte Lhiannon, a grã-sacerdotisa, ela é ordenada. Mas antes, concebe um filho de Gaius nas fogueiras de Beltane.
O seu filho carrega consigo o sangue dos Sábios (os Druidas), do Dragão (a realeza das tribos Celtas) e da Águia (romano) e Eilan sabe que terá um papel importante no futuro da Bretanha. No entanto, ela pressente igualmente um final trágico, causado pelo seu avô Bendeigid, Arquidruida da Bretanha. Caillean, que lhe ensinou os caminhos da Deusa e se torna a sua mais fiel amiga, sob a ordem de Eilan, agarra numa quantidade de sacerdotisas e funda uma nova Casa na Ilha de Avalon, levando consigo o seu filho. Numa instância final, Eilan e Gaius são sacrificados para protegerem o seu filho.
A história é apaixonante e parece ter um efeito estranho sobre quem a lê. O máximo que posso explicitar sobre este livro refere-se a uma experiência pessoal: emprestei-o a uma amiga aconselhando-a a lê-lo, ao que no dia seguinte ela me diz que o seu pai encontrou o livro e decidiu começar a lê-lo. O mais incrível é que esta pessoa, que voluntariamente decidiu começar a ler o livro - e mais tarde me diria que amou a obra - é das pessoas mais frias e distantes que conheço. Então, eu pergunto: qual será, afinal, o poder da escrita de Bradley para demover até os mais frios?
É, sem sombra de dúvida, a história mais apaixonante que até hoje li, e de todas as obras de Bradley relativamente a Avalon, a que mais me fascinou. Todo o ritmo deste amor é contado de uma forma que se assemelha a uma balada, uma canção de embalar. A beleza interior de cada personagem é de louvar, e julgo que seja impossível ficarmos indiferentes a tamanha história humana e bela como esta.
0 torradas