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2001: Odisseia no Espaço e Twilight Zone tiveram um filho: a série da Fox, Legion, uma série retro-futurista sci-fi que me fez esquecer por um momento que é baseada na banda desenhada da Marvel, e pela primeira vez, isso foi bom sinal. 

O primeira episódio apresenta a história de um gajo que ou tem problemas mentais sérios, ou um poder demasiado forte - e eu como já o conheço um bocadinho dos comics posso dizer que é um pouco dos dois. Mas deixou também claro que se vai distanciar desses mesmos comics - óptimo. David Haller é uma personagem que já data dos anos 80, se não anterior (afirmo a dúvida), o que na vida de um personagem da Marvel se traduz para um personagem que já serviu para um pouco de tudo - inclusive criar timelines que o Brian Synger fez questão de arruinar (Apocalypse). Ter a liberdade de reinventar um personagem, ao mesmo tempo que lhe faz jus ao espírito, para mim, é sempre boa ideia. E Legion optou pela estética retro-futurista dos anos 60-70 para contar a história de um dos mutantes mais poderosos e com uma mente demasiado complexa para se traduzir em só mais um franchise.

A série ofereceu-nos no primeiro episódio um psycho-thriller bizarro, sensorial, com uma fotografia potente, uma realização apurada e uma edição de tal maneira refinada que a história, mesmo que se torne básica quando escrita, se torna numa viagem através das imagens, capaz de transmitir uma alucinação, sã ou insana, de uma mente perturbada quer por um poder, quer por uma doença mental (vamos a ver se tenho razão e é um bocadinho dos dois).

Já a aguardava há muito tempo. Finalmene vi. Nada desiludida.

Aguardo o próximo com ansiedade.

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