Méliès e os Sonhos

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O cinema é magia. A capacidade de transformar, numa tela, através de uma película, de uma câmara, um espectáculo de curiosidades, equipas e trabalho, todas as impossibilidades em verdades concretas, capazes de nos absorver por momentos. O verdadeiro e bom filme suga-nos da vida real, absorve-nos por entre a escuridão de uma sala de cinema e a magia criada no ecrã. O cinema sempre foi uma tela em branco onde os sonhos se pintam em movimento. Mas se o é desde a sua génese, não o é graças a mais ninguém que não Georges Méliès que, em 1902, este ilusionista nato recria um cenário divertido, inovador e diverso de personagens e situações apenas dignas de visualizar nos circos - é a transposição definitiva da ilusão para o cinema. 

Georges Méliès deixou de ser um mágico ilusionista no dia em que terá assistido à apresentação de um aparelho que viria a mudar o rumo do espectáculo do mundo, apresentada por uma dupla de irmãos. Georges Méliès, tendo assistido em primeira-mão à estreia da câmara de filmar dos irmãos Lumière, entendeu de imediato que os sonhos e a magia eram ilimitados.

Ele é o pai dos efeitos especiais, do género cinematográfico enquanto a sétima arte, consoante consagrada por Canudo, e de uma herança criativa que é apenas visível mais de 100 anos depois.


Un Homme des Têtes (1898)

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