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Urge, na escuridão que assombra o magoado, um incitar à dor individual por meio de uma expressão exacerbada dos sentimentos trancados no interior daquele que é danificado. E a voz, a voz que grita a tempo inteiro é tida como um mero sussurro quando necessita ser ouvida. E não há ouvido que a escute, que tente compreendê-la. E eis que aos olhos dessas normas sociais, tudo se pinta uniformemente perante os outros de uma forma que não é. E os olhos que vêem, a boc que fala, os ouvidos que escutam, tudo são mecanismos que colapsam lentamente e falham, e antes que demos por isso, todo o conjunto se auto-destrói antes sequer dfesse veneno exterior que nos queima.

Não há justiça possível para os que se sentem eternamente injustiçados, porque não há compreensão capaz de atingir os cérebros velhos e decrépitos dos que nos ouvem e falam e observam. Não há justiça. A corda da balança quebrou e a venda caiu.

Somos formigas nojentas de uç ser que nos pisa e esmaga.

E deus ri-se de nós como quem lê uma anedota. E os anjos choram no inverno porque a humanidade é decrépita.

Não há justiça nem amor nem fantasias de vida.

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